quinta-feira, 26 de maio de 2011

Para ti

Me tirou do aconchego
A rosa dele parecia ser mais vermelha
Mas não tinha raiz
E toda rosa um dia murcha

Subi na telha
Quem fui eu para pensar
Que no engarrafamento
Iria atravessar
E encontrar o meu contento?
O sorriso que eu te dou espelha
E agora que ele te roubou,
O tens na veia

O galo cantou três vezes
Bela e ingênua,
Não podes ver o que está perto?
E tu ainda achas que de alma nua
É real esse afeto
Um dia verás, bela,
Um dia verás

Sei que seu sol não nasce pra mim
A falta que me faz do que não houve entre nós dois
Não é tão grande assim
Mas é
Um dia aprenderá, pois
Que Sem Voz,
Não tem fé
No amor

E agora,
Com o coração no peito
E o sentimento no papel,
Descanso em paz


Rodrigo Aylmer

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