sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

2002 razões


Diante da eternidade do que hoje é finito, cabem-nos os risos de três períodos vividos, grifados em vinte e duas faces de berços diferentes, no entanto filhos de um mesmo cômodo, com um quadro, e mesas monotonamente verde-saudade. Trazem um peso quase invisível, que newtons não poderiam medir nenhum atrito resultante, ou qualquer força contrária aos bons dias utilmente inúteis encaixados no lado esquerdo do peito de vinte e dois suspiros chorados, em lágrimas ou não.
Se vovô viu a uva, diz a rainha do português, sejam todos os dias como sábado e domingo, e dia de campanha política pró-fessor, que estuda a terra em geometamorfoses, entretanto, com cui-da-do, porque a história quem molda somos nós. Hoje, que o tempo é passado, todos os dias ficam como manhãs de formação, e todos os estojos em ar-condicionados, e todos os esporros em papéis assinados por pais que, sem perceber, geraram membros de uma sala, com dois mil e duas razões para ter o título de "mais babaca", porém de mais feliz.
Não é saudade, é lembrança. Saudade só é saudade quando não se é mais criança.

Um comentário: