Estranha espada sem gume
Pequena lança sem ponta
Peça que constrói e desmonta
Monte alto e sem cume
A mesma carne que cortas, costura
A mesma dor que odeias, maquina
Porque mesmo sendo amarga, és cura
E mesmo sendo torpe, és vacina
Sorte, no entanto, que não és paralela
Para que de ti dissessem uma verdade só
De tal forma que, sem valor, torna-te pó
E, com ele, torna-te bela
Sei que és muitas, verbo
Tantas faces que tens na língua
Brilha como a luz
Porém, sendo humilde servo,
Sua verdade me mingua,
E sua relutância, me seduz
Rodrigo Aylmer
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
A Atriz Principal
A noite,
Passando,
Disputando com um lindo crepúsculo,
vendo quem tem mais casais românticos
Disse "adeus" ao sol
E ele indo, de fininho,
Deixando seu rastro rosado no infinito,
Delicado, quase inesquecível,
Perfeito aos olhos que amam ao fim de tarde
E vem a calada,
Muda, cega, surda,
Fotofobíaca, quase
Fria e precisa,
Calculista e amável,
Doce e imprudente,
Gelando o ar,
Aquecendo os corações
Dos casais,
Que se aquecem com um beijo caloroso
Se perdem ali mesmo, no farol
Com um pedido, que passa pelo céu
"que não acabe mais"
Com o gostinho do eterno
Amor,
Aquecendo os corações
Dos faróis acesos
Em meio à calada
Ganhou a lua,
A mais quieta,
Os casais românticos
Das noites serenas
Onde ela é a atriz principal
Rodrigo Aylmer
Passando,
Disputando com um lindo crepúsculo,
vendo quem tem mais casais românticos
Disse "adeus" ao sol
E ele indo, de fininho,
Deixando seu rastro rosado no infinito,
Delicado, quase inesquecível,
Perfeito aos olhos que amam ao fim de tarde
E vem a calada,
Muda, cega, surda,
Fotofobíaca, quase
Fria e precisa,
Calculista e amável,
Doce e imprudente,
Gelando o ar,
Aquecendo os corações
Dos casais,
Que se aquecem com um beijo caloroso
Se perdem ali mesmo, no farol
Com um pedido, que passa pelo céu
"que não acabe mais"
Com o gostinho do eterno
Amor,
Aquecendo os corações
Dos faróis acesos
Em meio à calada
Ganhou a lua,
A mais quieta,
Os casais românticos
Das noites serenas
Onde ela é a atriz principal
Rodrigo Aylmer
Liberdade Póstuma
O choro em sua voz roída
Como se estivesse em uma corda, bamba,
Como se fosse uma criança de idade
As lágrimas escorridas
Suicidando-se pelo seu rosto,
Bambo,
Como se fossem de verdade
Os sorrisos de despedida
Afogando- se no mar defunto,
Trampo,
Choro de pura falsidade
O fim de mais uma vida
Chorando-o sem parar,
Tanto,
Como choro de liberdade
Rodrigo Aylmer
Como se estivesse em uma corda, bamba,
Como se fosse uma criança de idade
As lágrimas escorridas
Suicidando-se pelo seu rosto,
Bambo,
Como se fossem de verdade
Os sorrisos de despedida
Afogando- se no mar defunto,
Trampo,
Choro de pura falsidade
O fim de mais uma vida
Chorando-o sem parar,
Tanto,
Como choro de liberdade
Rodrigo Aylmer
Cria
Como faz falta o tempo passado
Quando o mundo era um carrosel
Todo tudo era tão simples,
E feliz...
Quando tudo o que eu sempre quis
Era ser astronauta,
Ou cientista,
Ou que nem meu pai
E o sol ria como a criança que era
As nuvens brincavam de pega-pega no céu
E a lua, a lua era um sorriso deitado
Eu virava a cabeça para vê-la sorrir
Nesses dias onde a paz era vista em cada esquina
E o amor era de graça,
Viveu uma criança,
Que sente falta do tempo passado,
Mas sabe que o tempo passado,
Nao foi perdido
Rodrigo Aylmer
Quando o mundo era um carrosel
Todo tudo era tão simples,
E feliz...
Quando tudo o que eu sempre quis
Era ser astronauta,
Ou cientista,
Ou que nem meu pai
E o sol ria como a criança que era
As nuvens brincavam de pega-pega no céu
E a lua, a lua era um sorriso deitado
Eu virava a cabeça para vê-la sorrir
Nesses dias onde a paz era vista em cada esquina
E o amor era de graça,
Viveu uma criança,
Que sente falta do tempo passado,
Mas sabe que o tempo passado,
Nao foi perdido
Rodrigo Aylmer
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