quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ausência

Vazio de tudo
Cheio de nada
Um ponto no espaço
Um grão de mostarda

Tão pequeno, tão discreto
Escondido num canto
Abandonado, esquecido
Paredes sem teto
Um zero à esquerda

O oco me preenche
De coisas que não acrescentam
Do que não faz falta
Do que não faz gol
E que não têm valor nenhum

Vou indo pela sombra
Não quero aparecer
Pois sei que a vida é vaga
Se eu não tiver você



Rodrigo Aylmer

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