Eu vivo porque já morri
E a minha morte gerou minha vida
O ontem, já morreu
É memória
Foi memória
Foi lembrada
Só que já esqueci
Já esqueci que fui criança
Já esqueci que fui belo
Esqueci que sou jovem
Não sou mais quem eu era
Tudo muda,
Tudo vira,
Deixei de lado o pseudo que fui
Não sou mais eu
Abri mão do meu passado
Para me iludir num presente
Ora, se o passado é morte
E o presente, uma vírgula,
O que se vive, é morte?
Não sei.
Não me importa
Tá bom assim,
Tenho minha casa,
Minha cama,
Meu lençol,
Meu amor.
É tudo ilusão,
Mas é meu.
Afinal,
Não é isso do que se trata?
Rodrigo Aylmer
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