As pessoas pelas ruas
Com suas preocupações
Suas dores, suas marcas
E suas aflições
Se escondem
Nas sombras dos muros de sangue
E então vão vivendo,
Sem se importar
Com uma adaga na língua
A desfarelar
Os sonhos
Dos que ainda sabem sonhar
Elas vivem como nós
E andam como nós
E respiram como eu respiro
E choram como você chora
Mas o inaceitável é
Que elas somos nós
Nós, que vivemos
E também sonhamos
Sofremos e perdemos
Mas também ganhamos
Nossos planos não vão acabar
Mas também nós, humanos
Nos preocupamos, e nos escondemos
Erramos e desfarelamos,
Com nossas próprias línguas, e dedos
Nós,
Humanos que somos
ou que fomos
Humanos que erramos,
E mentimos,
E erramos,
E estamos rindo
Humanos
Como todos
Capazes
De perdoar
E pedir perdão
Rodrigo Aylmer
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