quarta-feira, 13 de julho de 2011

Apenas hoje (e sempre)

Que hoje se vá o tempo;
Quero andar sem relógio,
Apenas olhar para o nada,
E ver aquilo se transformar,
Em tudo

Que hoje se vá o medo;
E que eu possa me atirar do penhasco
Sem medo de cair.
Agora não tem o tempo,
Nem o medo,
Só o tudo

Que hoje se vá o mundo;
E, por um dia apenas,
Haja paz.
Que eu possa olhar pro lado,
Pro passado,
Pro medo,
E para o tempo,
E ver que não há mais
Aquilo que um dia me fez chorar

Que hoje se vá tudo;
Mas que também fique muito,
Um sorriso, talvez dois,
Não mais que todos.
Que apenas não me abandonem
O sol, o chão e os meus pés


Rodrigo Aylmer

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