A cidade
Com estúpidas e inválidas rosas de concreto
Ao invés de trazer vida ao que está por perto
Traz morte à paisagem que um dia existiu
Queria que não fosse verdade...
Rosas de concreto
Secas e pálidas
Cor de nada
Cor de sem cor
Com nada de rosa
Com nada de afeto
Com nada de amor
Se exibem orgulhosas
Para os jardineiros de cimento
Cuja arte é destruir e remodelar
A antiga vida,
Nas mortas rosas
Um dia elas não existem
No outro já foram plantadas
Escondem o sol,
Escondem a lua,
Escondem a vida,
Não mostram nada
Rosas de concreto
Estúpidas e inválidas
Floresceram onde a vida vivia
Um dia elas vão cair
E vai raiar o sol
Que antes a rosa escondia
Rodrigo Aylmer
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